RESENHA | A METAMORFOSE – FRANZ KAFKA

Em uma certa manhã, Gregor Samsa acorda desconfortável em sua cama, quando decide se levantar percebe que não consegue fazer isso pois está cheio de pernas e patas e com um casco duro e horrendo. Gregor foi metamorfoseado em um inseto nojento e asqueroso. Uso esses termos pois foi assim que Kafka me transmitiu a imagem, em um dia você é normal mas no outro dia você pode acordar e se tornar uma pessoa horrível.

Gregor passa a lutar contra seu corpo e sua mente pois por baixo daquela carapaça marrom e dura, ele ainda é a mesma pessoa, com seus medos e angústias, seus pesares e dúvidas. Pois como, agora em forma de um inseto vai poder sair do quarto e ir trabalhar? Como vai dizer aos pais que ele ainda é o mesmo Gregor? Será que eles iriam se assustar com sua aparência? Será que eles iriam ajudá-lo e aceitá-lo?

O novo inseto, digo, Gregor é uma pessoa tão gentil e preocupado que só tinha pensamentos de que precisava sair daquela cama e ir para o trabalho para assim sustentar a família. Acima de tudo ele ainda conseguia pensar nos outros primeiro. Apesar dele ser assim, não foi essa a gentileza que recebeu quando seus pais o viram pela primeira vez.

Gregor foi desprezado, maltratado, esquecido, e desumanizado!

Kafka foi um gênio com sua escrita transparente e até chocante pois não se importa em florear a narrativa, ele escreve para tocar, e tocar profundamente com suas palavras frias e insensíveis.

A mensagem que eu tirei desse livro foi de que a sociedade é assim como a escrita do Kafka, fria e insensível, que não se importa em descartar alguém que em um dia era bonito e útil mas no outro se tornou feio e inválido pois eles classificaram assim, sem levar em conta os sentimentos e pesares das pessoas.


Minha impressão sobre o livro? Doidinho, porém incrível e essencial! Por mais Kafka na minha vida.

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