Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
Com um texto todo fragmentado e experimental, Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis inova e abre o realismo brasileiro com chave de ouro.
Usando de uma caracteristica inusitada, ele traz como narrador uma personagem defunto. Brás Cubas inicia o livro do além e vai contar todas as suas memórias sobre sua experiencia de vida, uma vida de certa forma medíocre, como a maioria da elite brasileira daquela época. E por ser um defunto, não mais presente em carne e osso, ele se acha digno de contar todos os problemas de sua vida e da elite carioca sem precisar se importar com julgamentos, e também vai ironizar sobre diversos aspectos nacionais.
Acho que o mais importante desse livro sem dúvidas é o estilo narrativo. O defunto autor, ou seja, um morto que consegue escrever suas memórias brinca com o leitor, faz digressões, a linha do tempo não é cronológica, além de ser em primeira pessoa e não podermos confiar cegamente em seu relato. Tudo isso da um ar cômico, divertido e experimental a narrativa.
O último capítulo do livro é maravilhoso, da liga a toda a narrativa. Também tem crossover (se é que posso chamar assim, rs) com Quincas Borba e sua filosofia do Humanitismo.
Leiam esse livro, é genial e maravilhoso!!! Além de ser muito importante para o vestibular, rs.