RESENHA | OTELO, O MOURO DE VENEZA – WILLIAN SHAKESPEARE

Otelo, uma das mais ilustres tragédias de Shakespeare, que eu devorei cada pedacinho!
A estória tem como base Iago plantando na cabeça de Otelo o mal, alimentando a imaginação de um homem que era bem visto na sociedade, digno de honra, protetor de Veneza, contra sua esposa Desdêmona, fazendo-o crer que ela o trai com seu amigo Cassio. Iago instila veneno por onde passa, manipula à todos para seus interesses. Iago é a personificação da ganância. Otelo se torna outra pessoa, deixa ser consumido pelo ciúmes e orgulho, perde seus princípios e por medo de perder a pessoa amada para outro faz coisas horríveis.
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O livro ilustra tão bem os nossos dias atuais, onde temos sempre aquela pulguinha sussurrando nos nossos ouvidos, de uma forma bem convincente, tudo aquilo que devemos acreditar, influenciar nossos atos e decisões, fantasiados de gente de confiança. Assim foi Iago para Otelo. Aos nossos olhos contemporâneos podemos notar também preconceito cultural e racial para com Otelo, pois este é um Mouro e é caracterizado como negro.
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Esse livro me provou como o ser humano pode ser fortemente influenciado se possui a cabeça fraca, sem opinião própria e conhecimento. Jovens/namorados/maridos fazem mal às suas respectivas por simples ciúmes, por se acharem donos de seus amores, capazes até de cometer tragédias. Esses detalhes lhes soam familiares não? Pois Lá em 1603 Shakespeare consegue descrever claramente o nosso tempo, tempos bem difíceis no caso, que na minha opinião, são atos impregnados na cabeça e cultura de muitas pessoas.
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Otelo serve para abrir nossos olhos, nos ensinar a pensarmos sozinhos, a não deixar sentimentos ruins nos dominar e serem capazes de cometer atrocidades. Já dizia Desdêmona:

(…) Que Deus possa me ensinar
A não pagar mal com mal, mas concertar”

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