RESENHA | O MORRO DOS VENTOS UIVANTES – EMILY BRONTË

Hoje trago para vocês a resenha de um livro clássico INCRÍVEL, que se dependesse de mim todos leriam, mas já digo que esse livro não é para qualquer um.

Tudo começa quando o Sr Earnshaw sai para uma viagem a negócios e quando volta, traz consigo um menino órfão, de pele morena, de aparência cigana e sem precedentes, de nome Heathcliff, dizendo que ele permanecerá na casa e será adotado pela família. Hindley e Catherine, filhos verdadeiros do Sr Earnshaw, serão agora seus irmãos. Hindley, um garoto que não suporta a ideia de ter Heathcliff como irmão e morre de ciúmes dele com o pai. Catherine, uma menina de personalidade bem forte, mas que acaba aceitando a presença de Heathcliff, e juntos passam a ser melhores amigos.

Ambos nutrem um amor muito forte um pelo outro, mas Catherine escolhe se casar com outro homem, preferindo abandonar o amor da sua vida por beleza e riqueza. Após a escolha desastrosa de Cath em se casar com Linton, Heathcliff vai embora de casa, some no mundo e depois de anos retorna rico e com desejo de vingança.

Ele nunca vai saber o quanto o amo… e isso não porque ele é bonito, Nelly, mas porque é mais eu mesma do que eu.”

Se ele a amasse com todas as forças do seu insignificante ser, ainda assim não poderia amá-la em oitenta anos o mesmo que eu num único dia.”

Resumidamente, a história se baseia na vingança e no amor obsessivo de Heathcliff e Catherine. É um livro gótico, sombrio, e melancólico, que nos mostra o que um ser humano pode ter de pior como o desejo de vingança, ciúme, egoísmo, avareza e o mais forte de todos os sentimentos: AMOR! Mas é aquele amor doentio, capaz de qualquer coisas para se tornar possível, e quando impossível, pode se tornar muito pior. Não se engane pensando que esse livro é de todo romântico, muito pelo contrário, ele é perigoso, hostil e sem dúvida, perturbador!

Ele ama e odeia em silêncio, e julga uma espécie de impertinência ser amado ou odiado.”

Qualquer que seja a substância das almas, a minha e a dele são feitas da mesma coisa.”

Esse livro mexeu comigo de uma forma que vocês não tem idéia! Estou até hoje sem saber que rumo tomar e com o livro na cabeça por onde eu vou.

Tendo derrubado meu palácio, não construa para mim um casebre e admire complacente sua própria caridade.

Quando seu navio começou a afundar, o capitão abandonou o posto; a tripulação, em vez de tentar salvar a embarcação, entregou-se ao tumulto, e foi tudo posto a perder.”

Vi através da narrativa da Bronte o que uma pessoa pode ser capaz de fazer movida por sentimentos aprisionados em seu coração, achei a forma de escrever dela muito peculiar e forte, sempre jogando a verdade na nossa cara, querendo sabermos dela ou não. Tudo fica estampado em letreiros gigantescos o mal por trás de um amor doentio, um coração ferido, da vingança e do arrependimento, do egoísmo e da dor. Esse livro foi escrito com a alma, disso eu tenho certeza, pois só alguém fortemente destruído poderia escrever algo tão fascinante assim. Vale muito a pena procurar um pouco da história da Emily Bronte antes de ler esse livro, se tornaria muito mais enriquecedor a você, leitor.

Quanto mais sofre, mais venenosa se torna.”

Tenho que me lembrar de respirar…tenho quase que lembrar meu coração de bater!”

 

Foi como ver o fantasma do meu amor imortal, de minhas desesperadas tentativas de defender meus direitos, da minha degradação, do meu orgulho, da minha felicidade e da minha agonia…”

 

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